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PARASITOLOGIA CLÍNICA

A Parasitologia Clínica Veterinária é responsável pela identificação dos parasitas que acometem os animais e estudo das relações desarmônicas interespecíficas.
Um parasita é um organismo que se vale de um indivíduo de outra espécie como habitat, no quel se desenvolve ou completa seu ciclo, alimenta-se e se reproduz, com efeitos prejudiciais para o hospedeiro.
Além dos danos que o próprio parasita causa, ainda pode ser vetor de outras doenças, como no caso da erliquiose, transmitida pelo carrapato.

Quanto à localização são denominados ectoparasitas os agentes que instalam-se na superfície corpórea ou no interior de cavidades naturais como, por exemplo, pulgas, carrapatos, moscas e piolhos. Endoparasitas são os agentes que se desenvolvem no interior do organismo como, por exemplo, os vermes intestinais.

Quanto ao número de hospedeiros classificam-se em heteroxênicos aqueles cujas formas evolutivas parasitam mais de um hospedeiro, e monoxênicos aqueles cujas formas parasitárias infestam ou infectam apenas um hospedeiro e o meio ambiente.
Em relação à especificidade, os parasitas estenoxênicos possuem só uma espécie hospedeira, enquanto que os parasitas eurixênicos acometen diversas espécies.

São parasitas permanentes os que passam sua vida toda dentro do hospedeiro e periódicos os que parasitam em certas fases de seu ciclo de vida.

Ainda, os parasitas podem ser classificados quanto às exigências nutricionais como estenotróficos quando se alimentam de apenas um tipo de tecido ou euritróficos quando se alimentam de mais de um tipo de tecido.

O conhecimento do ciclo evolutivo de cada parasita é fundamental para que as amostras sejam colhidas em momento adeqado para o estabelecimento do diagnóstico. Da mesma forma, o conhecimento sobre sua ecologia  permite o estabelecimento de programas de controle e prevenção eficientes, evitando-se a geração de resistência aos medicamentos antiparasitários.

No LAB&VET, as amostras para exames parasitológicos são processadas criticamente de acordo com o histórico clínico do paciente por Médico Veterinário especialista, docente nesta área da Patologia Clínica, capaz de fornecer apoio e orientação ao Veterinário Clínico quanto ao diagnóstico e controle da parasitose.

PARASITOLOGIA CLÍNICA	MATERIAL	RESULTADO
Coproparasitológico completo para pequenos animais (métodos de concentração para detecção de helmintos e protozoários)	Fezes*	24 h
Coproparasitológico completo seriado para pequenos animais (3 amostras em 10 dias)	Fezes*	24 h para cada amostra
Pesquisa de ectoparasitas	Raspado de pele****	24/48 h
Pesquisa de hemoparasitas	Sangue em EDTA** e Lâminas***	24 h
Pesquisa de microfilárias (método de Knott modificado)	Sangue em EDTA**	24 h
Pesquisa de ovos de helmintos/oocistos de coccídeas em lavado traqueal e emeses	Lavado traqueal, emese ou lavado gástrico	Até 3 dias

*FEZES (coletor universal plástico)
- Colher amostras de fezes frescas, recém eliminadas em frasco limpo e refrigerá-las imediatamente.
- Amostras muito líquidas podem ser colhidas do piso com o auxílio de seringa. A amostra também pode ser colhida diretamente do reto.
- Quantidade: 10 a 20 g ou 10 a 20 ml.

**SANGUE EM EDTA (frasco com tampa roxa)


- Colher por punção venosa de 1 a 3 ml de sangue (o volume colhido pode variar conforme o tamanho do frasco disponível). Este procedimento deve demorar no máximo 1 a 1,5 minutos.
- Para contagem de plaquetas utilizar frasco plástico com EDTA. Quando utilizada seringa, abrir a tampa do tubo, retirar a agulha da seringa e transferir o sangue para o tubo deixando-o escorrer pela parede do frasco
- Este procedimento deve demorar no máximo 1 a 1,5 minutos.
- Para contagem de plaquetas utilizar frasco plástico com EDTA.
- Quando utilizada seringa, abrir a tampa do tubo, retirar a agulha da seringa e transferir o sangue para o tubo deixando-o escorrer pela parede do frasco.
- Tampar e homogeneizar por inversão por no mínimo 30 segundos.
- Acondicionar as extensões secas em porta-lâminas bem fechado, em temperatura ambiente.
- Manter a amostra de sangue com EDTA refrigerada (2- 8ºC).


***EXTENSÕES DE SANGUE
Para hemograma, leucograma, eritrograma e pesquisa de hematozoários, realizar extensão fina em lâmina nova e secá-la ao ar.



- Após a colheita do sangue, colocar uma pequena gota da amostra sobre a extremidade de uma lâmina de microscopia nova ou previamente desengordurada. 
- Encostar a extremidade de outra lâmina e deslizá-la com movimento suave contínuo.
- Secar ao ambiente.

A realização de lâminas no momento da colheita aumenta as chances de encontro de hemoparasitas e mantém as características morfológicas das células, uma vez que o contato com o EDTA pode produzir artefatos.

****RASPADO PROFUNDO DE PELE 
Fonte: http://medvetarannadia.blogspot.com/2008/12/exames-especificos.html

- Método para pesquisa de ectoparasitas.
- Material para colheita: lâmina de bisturi, lâminas e óleo mineral (ou de soja)
- Realizar tricotomia em animais de pelo longo, deixando-os com 0,5 a 1,0 cm de comprimento.
- Pingar algumas gotas de óleo no local.
- Raspar com a lâmina de bisturi, especialmente nas bordas, até ocorrer leve sangramento. Durante o procedimento, a lesão deve ser espremida entre polegar e indicador para expor os ácaros do folículo piloso.
- A colheita pode ser realizada em mais de um local.
- Acondicionar o material coljido entre lâmnias de microscopia (vedar o vão entre as lâminas com esparadrapo ou envolver com filme de PVC)..
- Identificar a amostra.
- Manter à temperatura ambiente. Não exceder 24 horas para o envio.