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PERFIS PARA ANIMAIS SILVESTRES/SELVAGENS

Apesar do relevante desenvolvimento da Medicina Veterinária voltada para Animais Silvestres/Selvagens, devido à multiplicidade de fatores e peculiaridades que envolvem as diversas espécies das diversas classes, o diagnóstico preciso de doenças é ainda um desafio e destaca-se a necessidade do constante desenvolvimento de pesquisas nesta área.

Na área laboratorial o desafio não é menor, pois, muitas vezes, a metodologia desenvolvida para animais domésticos e de produção não se aplica ao processamento de amostras de animais silvestres. Ainda, há particularidades das diferentes espécies, com importância diagnóstica, que devem ser consideradas no exame, como, por exemplo, a dosagem de ácido úrico para avaliação da função renal para aves e répteis no lugar da ureia.

Com tradição na realização de exames para Animais Silvestres, o LAB&VET vem desenvolvendo perfis, a partir do acompanhamento das necessidades de nossos parceiros, de modo que possam fornecer informações que orientem o estabelecimento de diagnósticos confiáveis.

PERFIL BIOQUÍMICO PARA ANIMAIS SILVESTRES/SELVAGENS	MATERIAL	RESULTADO
Perfil bioquímico para aves/répteis I: CK, LDH, AST, Proteína Total, Albumina, Globulina, Ácido Úrico, Creatinina, Glicose e Colesterol	Plasma*, Soro**, Sangue em Fluoreto***	24 h
Perfil bioquímico para aves/répteis II: AST, CK, Proteína Total, Albumina e Globulina	Plasma*, Soro**	24 h
Perfil hepático para primatas e grandes animais silvestres / exóticos: GGT, AST, FA, Proteína Total, Albumina, Globulina, Bilirrubinas (Total, Direta e Indireta)	Plasma*, Soro**	24 h
Perfil renal para aves/répteis: Ácido Úrico e Creatinina	Plasma*, Soro**	24 h
Análise de Líquido Celomático	Líquido	24 h

*SANGUE EM ANTICOAGULANTE - PLASMA
                                                                    
Tubo com EDTA  (tampa roxa)                       Tubo com HEPARINA (tampa verde)                  Tubo com CITRATO (tampa azul)

• Quando solicitadas apenas provas bioquímicas, recomendamos o uso de tubos com heparina ou tubos secos (sem anticoagulantes) dos quais é extraído soro.
• A maioria das provas bioquímicas pode ser realizada a partir de amostras de sangue acondicionadas em tubos com EDTA, podendo ser utilizados quando for solicitado também o hemograma.
• Para dosagens de Fosfatase Alcalina, Lipase, Globulinas e Eletrólitos é necessário plasma em heparina ou soro.
• Para dosagem de Glicose, recomenda-se acondicionar o sangue em frasco com fluoreto.
• Para os casos nos quais o volume de sangue obtido for reduzido, recomenda-se o uso de microtubos (0,5 ml) para evitar hemodiluição. Manter todo o volume da amostra no frasco. Nesta situação o plasma será separado no LAB&VET, proporcionando melhor rendimento da amostra.
• O sangue de algumas aves, como avestruzes, emas e mutuns, e de alguns répteis, como iguanas e jabutis, sofre hemólise intensa em contato com o EDTA. Nestes casos recomenda-se acondicionar o sangue em heparina ou citrato.

Procedimento:

Colher o sangue por punção venosa. Este procedimento deve demorar no máximo 1 a 1,5 minutos.
Quando utilizada seringa, abrir a tampa do tubo, retirar a agulha da seringa e transferir o sangue para o tubo deixando-o escorrer pela parede do frasco.
Tampar e homogeneizar por inversão por no mínimo 30 segundos.
Manter refrigerado (2- 8ºC).


**TUBO SECO - SORO (frasco com tampa vermelha ou amarela)

                  
Colher o sangue por punção venosa. Este procedimento deve demorar no máximo 2 minutos.
Quando utilizada seringa, abrir a tampa do tubo, retirar a agulha da seringa e transferir o sangue para o tubo deixando-o escorrer pela parede do frasco.
Manter refrigerado (2- 8ºC).

***SANGUE EM FLUORETO - PLASMA (tubo tampa cinza)

Colher o sangue por punção venosa. 
Este procedimento deve demorar no máximo 2 minutos. 
Quando utilizada seringa, abrir a tampa do tubo, retirar a agulha da seringa e transferir o sangue para o tubo deixando-o escorrer pela parede do frasco.

REFERÊNCIAS

LEATTE, ELEN PAULA et al. Aspectos epidemiológicos e laboratoriais da leishmaniose tegumentar americana em uma região endêmica do sul do Brasil. Revista Uningá Review, [S.l.], v. 19, n. 1, jan. 2018. ISSN 2178-2571. Disponível em: < http://revista.uninga.br/index.php/ningareviews/article/view/1529 >. Acesso em: 25 set. 2019.

OLIVEIRA, Luis Gustavo Schneider. Diagnóstico de doenças em aves silvestres e ornamentais. 2017. 60f. Tese (Doutorado em Ciências Veterinárias) - Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.

PAIXÃO, Mirian dos Santos. Diagnóstico laboratorial da infecção por Leptospira ssp. em animais silvestres e em roedores procedentes do Centro de Conservação da Fauna silvestre de Ilha Solteira-SP. 2013. 123 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2013. 
SILVA, Jean Carlos Ramos. Zoonoses e doenças emergentes transmitidas por animais silvestres. Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens/ABRAVAS, 2014. Disponível em: < http://r1.ufrrj.br/adivaldofonseca/wp-content/uploads/2014/06/Ramos-Silva-JC-2004-Doencas-Emergentes-e-Zoonoses-Animais-Silvestres-www-abravas-org-br-.pdf >. Acesso em: 25 set. 2019.