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ANATOMIA PATOLÓGICA

A Patologia veterinária é especializada no diagnóstico de doenças dos animais domésticos, pequenos e grandes, e animais de produção, através da análise de tecidos e fluidos corpóreos.
O patologista veterinário também possui papel fundamental nos protocolos de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, aklém da avaliação dos potenciais zoonóticos e riscos para a saúde pública.

A Anatomia Patológica ocupa-se de exame macroscópico, microscópico e molecular das alterações de órgãos e tecidos acometidos por quadros infecciosos ou não-infecciosos.

Os exames são realizados a partir de materiais obtidos in vivo, como exames de citologia e biópsias, ou por análises post mortem provenientes de amostras obtidas em necropsias.

Os diagnósticos anatomopatológicos orientam o estabelecimento de terapias e programas de prevenção e controle, e são comumente aplicados à rotina clínica veterinária.

A citopatologia ou citologia envolve a análise morfológica de células sem a arquitetura do tecido.
Auxilia no diagnóstico e avaliação do prognóstico das enfermidades e tem como principais vantagens a simplicidade da colheita de amostras, custo baixo, rapidez nos resultados e eficácia no diagnóstico de doenças inflamatórias, infecciosas, proliferativas e neopláasicas.

O exame histopatológico avalia os componentes celulares e estruturais mantendo a arquitetura do órgão e, por isso, produz resultados mais específicos e definitivos.

A imuno-histoquímica é um método que permite identificar características moleculares presentes nos tecidos através da ligação específica de anticorpos a antígenos, possibilitando informações mais precisas, como o diagnóstico de neoplasias indiferenciadas.

O LAB&VET possui serviço de patologia qualificado para estabelecer diagnóstico preciso e confiável que possa orientar o clínico veterinário diante dos diversos processos patológicos de animais domésticos, silvestres e de produção.

CITOLOGIA	MATERIAL	RESULTADO
• Citologia aspirativa e decalques de tecidos sólidos	Lâminas*	2 dias
• Citologia de derrames cavitários, fluídos corpóreos e lavado traqueal	Fluído e lâminas**	2 dias
• Citologia ótica (2 condutos)	Lâminas*	2 dias
• Citologia retal	Lâminas*	2 dias
• Citologia uterina	Lâminas*	2 dias
• Citologia vaginal	Lâminas*	2 dias
• Citologia vaginal seriada (3 colheitas: a cada 48 horas)	Lâminas*	2 dias

HISTOPATOLÓGICO	MATERIAL	RESULTADO
• Histopatológico (por nódulo/região)	Fragmentos fixados	5 dias
• Histopatológico + Avaliação de margens cirúrgicas (por nódulo/peça)	Fragmentos fixados	5 dias
• Glândula mamária (Independente do número de tumores, inclusa análise de linfonodos)	Fragmentos fixados	5 dias
• Histopatológico de necropsia (fragmentos encaminhados)	Fragmentos fixados	5 dias

IMUNO-HISTOQUÍMICA	MATERIAL	RESULTADO
• Painel	Blocos de parafina	15 dias

*LÂMINAS - CITOLOGIA ASPIRATIVA, "SQUASH" E DECALQUE


CITOLOGIA ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (CAAF)

A Citologia Aspirativa por Agulha Fina (CAAF) é um método diagnóstico introduzido na medicina humana na década de 1930, para dignóstico de neoplasias. Esta técnica passou a ser adotada na Medicina Veterinária a partir da década de 1980. É utilizada para diagnóstico diferencial de hiperplasias, inflamações, neoplasias e degenerações.
O exame citopatológico tem como principais vantagens o custo acessível e a rapidez e a simplicidade com que se estabelece o diagnóstico. Também é um método seguro, que não gera riscos à vida do paciente, além de não requerer equipamento sofisticado, sedação ou anestesia para sua realização.
As técnicas aspirativas são indicadas para o diagnóstico de lesões nodulares palpáveis, possibilitando também a aspiração de fluídos corporais, efusões cavitárias, órgãos como o baço, fígado, rins, pulmões, ossos, além de estruturas glandulares como a tireóide e próstata ou massas intracavitárias  de origem desconhecida.
A citologia guiada por ultrassom orienta a colheita de modo que não haja perfuração de estruturas adjuntas às massas, o que garante maior segurança na aplicação da técnica quando se tratam de formações intracavitárias ou que não são palpáveis superficialmente.
A confiabilidade da informação obtida pela citopatologia depende do adequado processamento e coloração das lâminas associada à perícia do Patologista Veterinário.
As principais complicações da citopatologia poderiam se realacionar à hemorragia, infecção, injúria ao tecido adjacente e disseminação de células neoplásicas, porém, esses efeitos são muito raros. No caso de neoplasias malignas, por ser mínima a lesão provocada pela agulha fina, o risco de provocar metástases é insignificante quando comparada à biópsia cirúrgica.

MÉTODO:

- Identificar a formação ou órgão por palpação, radiografia ou ultrassom.
- Realizar a antissepsia da área que será puncionada.
- Para a punção são indicadas agulhas estéreis de calibre 20, 23 ou 25 e seringas estéreis de 10 ou 20 ml para gerar a pressão de sucção necessária para o procedimento.
- Após acoplar a agulha na seringa, esta deve ser introduzida na estrutura a ser puncionada por 3 a 4 vezes em pontos diversos do nódulo ou formação, mantendo-se a pressão de sucção de no mínimo 5 ml e no máximo 10 ml. São realizados movimentos com a agulha em várias direções dentro da lesão para garantir a colheita de maior e mais diversa quantidade de representantes celulares.
- Antes de remover a agulha, deve-se retornar o êmbolo para a posição inicial (vácuo nulo).
- Retirar a agulha da massa e desencaixá-la da seringa.
- Encher a seringa de ar, acoplar novamente a agulha e ejetar o aspirado em lâmina nova ou desengordurada. Devem ser feitas, no mínimo, três lâminas do tecido suspeito.
- Se o conteúdo for fluído, deve-se preparar as lâminas como se faz para extensões sanguíneas.
- A aspiração de sangue deve ser evitada, já que as hemácias em grande quantidade, dificultam o diagnóstico citológico. 

 

"SQUASH"

Donomina-se "Squash" o método de eleição para preparação de lâminas de CAAF.
É utilizado principalmente quando conteúdo é viscoso e denso.

MÉTODO:

- O material é colocado na extremidade da lâmina próximo à borda fosca.
- Outra lâmina é posicionada perpendicularmente sobre a lâmina que contem o material.
- Esta segunda lâmina é apoiada sobre o material, comprimindo-o levemente para criar aderência, e delizada suavemente ao longo do comprimento da primeira lâmina espalhando o conteúdo, conforme demonstra a figura acima.
- Secar ao ambiente.


DECALQUE, IMPRESSÃO ("IMPRINT") OU "CLAPS"

Denomina-se citologia por decalque, impressão ou "claps" o procedimento no qual se coloca a a área do tecido em contato com a superfície da lâmina de vidro, de modo semelhante ao utilizado para se obter uma impressão digital.
Neste método, as células superficiais da lesão são transferidas para a superfície da lâmina.
É utilizado normalmente a prtir de fragmentos obtidos durante necropsias, biópsias ou diretamente em lesões cutâneas.

MÉTODO:
                                                           
Referência: AYELE et al, 2017.                                                                                                                                                                                                                                            Referência: https://acervovet.blogspot.com/2015/11/citologia.html

- Para fragmentos de tecido: obter fragmentos com 1 a 2 cm²; secar levemente em papel de filtro (A); pressionar levemente sobre a lâmina em vários locais ao longo de seu comprimento (B, C).
- Para lesões cutâneas: a lâmina é pressionada diretamente contra a área da lesão (figura à direita).
- Secar o material ao ambiente.



**LÂMINAS - EXTENSÕES DE LÍQUIDOS, DERRAMES CAVITÁRIOS E LAVADOS

MÉTODO:


- Após a colheita do líquido, derrame cavitário ou lavado, colocar uma pequena gota da amostra sobre a extremidade de uma lâmina de microscopia nova ou previamente desengordurada.
- Encostar a extremidade de outra lâmina e deslizá-la com movimento suave contínuo.
- Secar ao ambiente.


REFERÊNCIAS

AYELE, L.; MOHAMMED, C.; YIMER, L. Review on Diagnostic Cytology: Techniques and Applications in Veterinary Medicine. J. Vet. Sci. Technol., v.8, n.408, 2017. available fron <https://www.omicsonline.org/open-access/review-on-diagnostic-cytology-techniques-and-applications-inveterinary-medicine-2157-7579-1000408.php?aid=85194> . access on  16  Sept.  2019. doi: 10.4172/2157-7579.1000408.

FERREIRA, J.S.  Aplicação da citologia no diagnóstico de doenças infecciosas nos animais domésticos: revisão de literatura. Ci. Anim., v.25, n.1, p.18-24, 2015.

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GRAÇA, R.F. Citologia para clínicos: como utilizar esta ferramenta diagnóstica. Acta Scientiae Veterinariae, v.35, supl.2, p.s267-s269, 2007.

MAGALHAES, Adelaide M. et al . Estudo comparativo entre citopatologia e histopatologia no diagnóstico de neoplasias caninas. Pesq. Vet. Bras.,  Rio de Janeiro ,  v. 21, n. 1, p. 23-32,  Mar.  2001 .   Available from . access on  16  Sept.  2019.  http://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X2001000100006.

MEYER, D.J.; FRANKS, P. Clinical cytology - management of tissue specimens. Modern Veterinary Practice, p.255-259, 1986.

O'ROURKE, L.G. Cytologic technics: sampling, slide preparation, staining. Modern Veterinary Practice, p.185-189, 1983.

TEIXEIRA, Luciele V. et al . Punção aspirativa por agulha fina como método de coleta de material para a histopatologia no osteossarcoma canino. Pesq. Vet. Bras.,  Rio de Janeiro ,  v. 30, n. 2, p. 132-138,  Feb.  2010 .   Available from . access on  16  Sept.  2019.  http://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X2010000200008.