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PARASITOLOGIA CLÍNICA DE ANIMAIS SILVESTRES/SELVAGENS

Assim como para animais domésticos, a paritologia estuda os agentes que utilizam animais silvestres ou selvagens como hospedeiros para desenvolverem-se ou completarem seu ciclo biológico, com consequentes danos para organismo.

O Brasil é um dos países com maior diversidade de fauna e, gerenciar esse patrimônio natural requer estratégias e pesquisas que assegurem a utilização sustentável dos recursos naturais.

Atualmente, vem crescendo a aquisição de animais exóticos como pet, com o desenvolvimento de criatórios específicos e regulamentados para sua comercialização.
Com isso, a Medicina Veterinária voltada para esses animais também vem se especializando e pesquisas sobre animais silvestres em condições de cativeiro, principalmente nas áreas clínica e laboratorial, enriquecem o conhecimento a respeito de processos patológicos que podem afetá-los.

Na área da parasitologia, as pesquisas ampliam o conhecimento das condições que podem converter parasitas naturais em patogênicos, sob o estresse do cativeiro, além de transmissão por animais domésticos e potencial zoonótico.
O estudo das doenças parasitárias em animais silvestres/selvagens cativos e de vida livre, e da inter-relação parasita-hospedeiro, constitui-se em ferramente importante para orientar programas de conservação e preservação, prevenindo impactos negativos sobre a biodiversidade e saúde pública.

A relevância da pesquisa da fauna parasitária tem importância destacada e exigida para a reintrodução  de animais silvestres e na rotina clínica.

Com reconhecida tradição em exames para animais silvestres/selvagens, o LAB&VET possui corpo técnico hábil para fornecer subsídio a clínicos e pesquisadores nesta área.

PARASITOLOGIA CLÍNICA PARA ANIMAIS SILVESTRES/SELVAGENS	MATERIAL	RESULTADO
Coproparasitológico completo para animais silvestres e exóticos (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos - métodos de concentração)	Fezes*	24 h
Pesquisa de ectoparasitas	Raspado de pele****	24/48 h
Pesquisa de hemoparasitas	Sangue em anticoagulante** e Lâminas***	24 h
Pesquisa de microfilárias (método de Knott modificado)	Sangue em anticoagulante**	24 h
Pesquisa de ovos de helmintos/oocistos de coccídeas em lavado traqueal e emeses	Lavado traqueal, emese ou lavado gástrico	Até 3 dias

*FEZES (coletor universal plástico)
Colher amostras de fezes frescas, recém eliminadas em frasco limpo e refrigerá-las imediatamente.
Amostras muito líquidas podem ser colhidas do piso com o auxílio de seringa. A amostra também pode ser colhida diretamente do reto quando for pertinente.
Quantidade: 10 a 20 g ou 10 a 20 ml.


**SANGUE EM ANTICOAGULANTE
                                                                
Tubo com EDTA  (tampa roxa)                       Tubo com heparina (tampa verde)                  Tubo com citrato (tampa azul)

A maioria das provas hematológicas pode ser realizada a partir de amostras de sangue acondicionadas em tubos com EDTA, embora em alguns casos recomende-se o uso de frascos com heparina ou citrato.
Para os casos nos quais o volume de sangue obtido for reduzido, recomenda-se o uso de microtubos (0,5 ml) para evitar hemodiluição. Manter todo o volume da amostra no frasco, mesmo se, além do hemograma, houver a necessidade da realização de provas bioquímicas. Nesta situação o plasma será separado no LAB&VET, proporcionando melhor rendimento da amostra.
O EDTA, quando comparado coma heparina, oferece maior probabilidade de formação de microcoágulos.
O sangue de algumas aves, como avestruzes, emas e mutuns, e de alguns répteis, como iguanas e jabutis, sofre hemólise intensa em contato com o EDTA. Nestes casos recomenda-se acondicionar o sangue em heparina ou citrato.
A heparina interfere no processo de coloração das células e pode gerar artefatos sendo imprescindível a confecção de extensões sanguíneas a fresco, quando solicitado hemograma.

Procedimento:
- Colher por punção venosa de 1 a 3 ml de sangue (o volume colhido pode variar conforme o tamanho do frasco disponível). Este procedimento deve demorar no máximo 1 a 1,5 minutos.
- Quando utilizada seringa, abrir a tampa do tubo, retirar a agulha da seringa e transferir o sangue para o tubo deixando-o escorrer pela parede do frasco.
- Este procedimento deve demorar no máximo 1 a 1,5 minutos.
- Para contagem de plaquetas utilizar frasco plástico com EDTA.
- Tampar e homogeneizar por inversão por no mínimo 30 segundos.
- Acondicionar as extensões secas em porta-lâminas bem fechado e manter em temperatura ambiente.
- Manter a amostra de sangue em EDTA refrigerada (2- 8ºC).


***EXTENSÕES DE SANGUE




- Após a colheita do sangue, colocar uma pequena gota da amostra sobre a extremidade de uma lâmina de microscopia nova ou previamente desengordurada. 
- Encostar a extremidade de outra lâmina e deslizá-la com movimento suave contínuo.
- Secar ao ambiente.

A realização de lâminas no momento da colheita aumenta as chances de encontro de hemoparasitas e mantém as características morfológicas das células, uma vez que o contato com o EDTA pode produzir artefatos.

****RASPADO PROFUNDO DE PELE 
Fonte: http://medvetarannadia.blogspot.com/2008/12/exames-especificos.html

- Método para pesquisa de ectoparasitas.
- Material para colheita: lâmina de bisturi, lâminas e óleo mineral (ou de soja)
- Realizar tricotomia em animais de pelo longo, deixando-os com 0,5 a 1,0 cm de comprimento.
- Pingar algumas gotas de óleo no local.
- Raspar com a lâmina de bisturi, especialmente nas bordas, até ocorrer leve sangramento. Durante o procedimento, a lesão deve ser espremida entre polegar e indicador para expor os ácaros do folículo piloso.
- A colheita pode ser realizada em mais de um local.
- Acondicionar o material coljido entre lâmnias de microscopia (vedar o vão entre as lâminas com esparadrapo ou envolver com filme de PVC)..
- Identificar a amostra.
- Manter à temperatura ambiente. Não exceder 24 horas para o envio.

REFERÊNCIAS

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